quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Atenção para os ADOÇANTES!!!

Adoçante dietético é um produto constituído a partir de edulcorantes, substâncias químicas ou naturais, responsáveis pelo sabor doce.

Possuem o poder de adoçamento de 30 a 600 vezes maior do que o açúcar branco convencional e são recomendados usualmente para dietas especiais, quer seja de emagrecimento ou de restrição de açúcar, como para diabéticos.

A popularização dos adoçantes começou na década de 60, nos Estados Unidos. No Brasil, porém, até meados dos anos 80, os produtos dietéticos eram considerados fármacos (medicamento), pela legislação vigente, sendo consumidos apenas por portadores de diabetes ou outra doença com limitação na ingestão do açúcar comum.

A situação começou a mudar com a reformulação e a classificação dos adoçantes, permitindo o acesso a este produto não mais só aos portadores de distúrbios nutricionais ou endócrinos.

Impulsionados pelo culto ao corpo e à saúde, não tardou os adoçantes invadiram rapidamente as prateleiras dos supermercados, padarias, lanchonetes, restaurantes e daí para os lares, foi um pulo. Não era à toa tamanha euforia. As estratégias de marketing como: 'isentos de açúcar e calorias', 'para você que deseja uma vida saudável', 'não causam cáries'! fizeram parecer a chegada de um milagre: comer à vontade e não engordar.
Porém a história não é bem assim...
Vejamos os tipos de edulcorantes e suas origens.

Tipos de Edulcorantes:


Não Calóricos:
Sacarina
É o adoçante artificial mais antigo, foi descoberto em 1897 e usado desde 1900
Sintético e extraída de um derivado do petróleo, adoça aproximadamente 200 vezes mais que a sacarose (açúcar branco). É absorvida lentamente, mas não é metabolizada pelo organismo, sendo excretada de forma inalterada pelo rim.
Não causa cáries. Possui sabor residual amargo e metálico
É estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado em preparações quentes.
Seu uso já foi associado ao aparecimento de câncer, especialmente o de bexiga. Por isso, os Estados Unidos tentaram banir o adoçante e obrigaram os produtos que continham sacarina a apresentar uma tarja avisando tratar-se de produto que havia apresentado sinais cancerígenos. Esse alerta foi retirado em 2000, por falta de comprovação científica. Mesmo assim, o uso desse produto caiu consideravelmente em todo o mundo e, até hoje, não é recomendada sua utilização por grávidas nem é permitido no Canadá.

Ciclamato de Sódio
Descoberto em 1940 é um composto sintético a base de um derivado de petróleo. Adoça cerca de 30 vezes mais doce que a sacarose, possuindo sabor residual doce-azedo
Não causa cáries e é estável a altas temperaturas. Por conter Sódio em sua composição deve ser utilizada com cautela por portadores de pressão alta.

Aspartame
Descoberto em 1965, é uma proteína adocicada produzida a partir de dois aminoácidos encontrados normalmente nos alimentos: metil-éster-fenilalanina e ácido l-aspártico e metanol. Possui poder adoçante de cerca de 43 vezes mais doce do que a sacarose. Não causa cáries e possui sabor residual semelhante ao da sacarose
Não deve ir ao fogo porque em altas temperaturas, pois sofre uma reação que causa perda do sabor doce.
É contra-indicado para os portadores de fenilcetonúria (problema genético que se caracteriza pela incapacidade do organismo de metabolizar a fenilalanina). Esta anomalia é rara e geralmente é diagnosticada ao nascimento com o teste do pezinho.

Pesquisadores apontam que o perigo do aspartame está no seu alto poder tóxico, já que é uma neurotoxina, ou seja, uma droga que destrói neurotransmissores que compõem o sistema nervoso. Por ser formado por ácido aspártico, fenilalanina e metanol, as duas primeiras substâncias, de acordo com pesquisas, causam respectivamente lesões cerebrais e bloqueiam a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pelas sensações de bem estar. Níveis baixos de serotonina provocam insônia, depressão e mau humor. Já o metanol, considerada a mais nociva entre as substâncias que compõem o aspartame, é convertido, depois de ingerido, em formaldeído e ácido fórmico, duas substâncias tóxicas (principal componente do veneno da picada das formigas) que afetam o funcionamento normal do cérebro. O formaldeído também é uma neurotoxina de ação cancerígena e faz parte do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico.

RB: (AZEVEDO, Eliane de. "Alimentos Orgânicos: ampliando os conceitos de Saúde humana, ambiental e social". 2 . Edição : Tubarão: Editora Unisul, 2006. pp.169-171.

Acesulfame K
Descoberto em 1967, foi aprovado pela FDA em 1988 para uso em bebidas, sobremesas, gomas de mascar e adoçantes de mesa.
O Acessulfame-K é um sal de potássio sintético produzido a partir de um ácido da família do ácido acético. É cerca de 125 vezes mais doce do que a sacarose Apresenta sabor residual semelhante à glicose (mais doce do que a sacarose).
O organismo o absorve mais não o metaboliza, o que significa que é eliminado tal como é ingerido podendo causar sobrecarga renal e hepática.
Não causa cáries e é resistente a altas temperaturas.
Pessoas com deficiências renais que necessitam limitar a ingestão de potássio (K) devem estar cientes de que este produto contém pequenas quantidades deste elemento.
Testes em laboratórios norte-americanos mostraram que animais submetidos à ingestão deste, desenvolveram tumores benignos e problemas de tireóide.

Sucralose
Descoberta em 1976 a Sucralose é formada à base da cana de açúcar. Possui poder adoçante cerca de 600 vezes mais doce do que o açúcar branco. Porém não é absorvido pelo organismo por ser modificado quimicamente.
O adoçante também já foi suspeito de causar câncer, mas nenhuma evidência que apontasse seus malefícios foi comprovada.

Stévia
Descoberto em 1905, o Stéviosídeo é a base do adoçante extraído da Stévia, planta originária da Serra do Amambaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai, bastante consumido no mundo oriental, principalmente no Japão. Adoça cerca de 200 vezes mais do que a sacarose. Possui sabor residual é semelhante ao do alcaçuz. Não causa cáries
E o único adoçante de origem vegetal produzido em escala industrial.


Calóricos:
Frutose
Açúcar natural encontrado nas frutas e no mel. Contém 4 kcal por grama, como todo carboidrato. Causa cáries por ser nutriente.
Inicialmente seu metabolismo não depende da insulina. Estudos recentes comprovam que a frutose, quando ingerida junto das refeições não altera a glicemia. Há necessidade de mais estudos, não?
Seu alto poder adoçante torna a frutose um adoçante pouco calórico, uma vez que são necessárias dosagens pequenas para atingirmos um sabor adocicado.
Quando submetida ao calor a frutose derrete, porém mantém o seu sabor.

Xylitol, Sorbitol e Manitol
- São álcools de açúcar obtidos pela redução da glicose (sorbitol) e frutose (manitol). O xylitol é obtido pela hidrogenação da xilose.
- Contêm 4 kcal por grama.
- Não causam cáries e por isso são largamente utilizados na produção de goma de mascar.
- São utilizados por indústrias na elaboração de produtos dietéticos.

O nosso organismo funciona, dentre outras coisas, à base de GLICOSE principalmente. Nutriente proveniente da digestão dos carboidratos. Por ser fonte de energia para cérebro e músculos temos receptores espalhados pelo corpo, porém em maior concentração na língua, onde acontece a primeira etapa de digestão dos carboidratos, e no intestino, local onde ocorre a absorção maior de nutrientes para fornecimento geral.
Desta maneira quando ingerimos altas quantidades de adoçante ou sua freqüência de uso é muito prolongada, o organismo passa a receber uma molécula falsa de glicose, só conferindo gosto e não o nutriente. Com o passar do tempo o organismo passa a disponibilizar mais receptores, pois entende que sua absorção é que esta baixa e não o fornecimento, daí passa-se a absorver muito mais glicose proveniente de outros alimentos levando ao aumento de peso.
O organismo não reconhece o adoçante como nutriente, por isso não o absorve, devendo ser excretado pelo organismo sobrecarregando o trabalho de fígado e rins.

Alimento NÃO É CALORIA e SIM NUTRIENTE!!!!!

Juliana Armano
Nutricionista Funcional
julianarmano@uol.com.br

Nenhum comentário: